terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A Dança na Adoração e Suas Evidências

"Então a virgem se alegrará na dança, e também os jovens e os velhos; tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo sua tristeza." Jeremias 31:13 Há muito o que se falar sobre a dança, o movimento do corpo e da alma, e a adoração. O profeta Jeremias, cujo texto citamos acima, foi um homem chamado por Deus provavelmente na sua juventude (talvez até adolescência). Sofreu muito por Judá, pelo seu povo que insistia em afastar-se de Deus e "comer" qualquer palavra que trouxesse alívio "imediato" diante da turbulência que vivia o povo de Israel, política e espiritualmente! Jeremias foi um homem chamado por Deus para levantar-se contra a idolatria que reinava em Israel.Ele fala em Baal , Moloque e a rainha dos céus.

Ele fala de ídolos dentro do templo ( cap. 32:34 ), e nas vizinhanças de Jerusalém crianças eram sacrificadas a Moloque e Baal ( 7:31; 19:5; 3235 ). O capítulo 31 de Jeremias nos traz uma palavra de liberação de Deus para o povo em meio a tanta confusão e ausência de identidade: "naquele tempo ,serei o Deus de todas as tribos de Israel e elas serão meu povov.1" - Uma nova identidade é anunciada ao povo que Ele criou para si.

Cristãos verdadeiros tem uma identidade... não "compram" uma identidade do mundo e a imitam! Quando ministram ( dançam ) trazem no seu corpo e alma as marcas da identidade da cruz e do poder da ressurreição ! "...eu irei e darei descanso a Israel" v.2 - O descanso de Deus ao povo que verdadeiramente O segue e O serve. Como adorá-lo se nosso coração não consegue experimentar seu descanso, sua certeza? "...com amor eterno eu te amei; por isso com benignidade te atraí" v.3 - Não existe ministração a Deus sem verdadeiro amor por Ele! Como dançar diante de alguém que não conheço? Alguém de quem só ouvi falar? Alguém que chamo Pai, mas não tenho a experiência da paternidade espiritual em Cristo Jesus? "...ainda te edificarei e serás edificada ó virgem de Israel ! Ainda serás adornada com teus adufes e sairás com o coro dos que dançam." v.4 - Quando somos edificados pela Palavra de Deus somos adornados com sua presença, unção, musica, movimento, festa, arte, dança! Passamos a fazer parte do "coro dos que dançam"! Sabemos porque e onde estamos e para quem dançamos... E porque dançamos!!!!??? "...plantarão os plantadores e gozarão dos frutos" v.5 - Quem tem uma experiência verdadeira com Deus frutifica! Se você tem Deus no seu coração, você tem sementes para lançar e frutos para colher! Se você tem talento e dons dedicados a Deus eles devem "atrair" outros a Ele em primeiro lugar. Além disso, seu talento reflete a glória de Deus através de sua expressão artística santa, separada para Ele! Sua manifestação de corpo, alma e espírito em Cristo traduz a simetria, direção e fluir da trindade, Pai, Filho e Espírito Santo! Nossas emoções, sentimentos, gestos e mente ( I Cor. 2 ) estão cativas a Cristo Jesus como um tema único para nossa inspiração artística !Paula Ossona em seu livro A educação pela dança cita a influencia da música no homem em seus primórdios : "Para o homem primitivo não existe a divisão entre religião e vida, a vida é religião, sua dança é vida, é uma ação derivada de sua crença". Nos primórdios da vida humana, a dança era uma transferência desordenada de sentimentos. Os mais variados com grande carga emocional, sem uma estrutura corporal clara associada a uma atração rítmica.

Com o tempo ela se torna ritual, cerimônia, celebração, chegando a ponto de tornar-se uma diversão. No início, a função da dança não era artística, em forma de espetáculo, como vemos hoje secularmente. No princípio deste processo o homem usa a dança como invocação ou mesmo como uma forma de mostrar sua crença, ou de dominar os fenômenos naturais e amolda-los a sua vontade! Dizemos isso sobre o homem natural, sem Deus, mas, ansioso por descobri-lo! Um homem em desespero por agradar ao Ser Supremo sem conhecê-lo! Agora, como vamos analisar os cristãos quanto a essa atitude então?Muitos dançam parecendo não conhecê-lo! Muitos dançam tentando achá-lo?! Muitos dançam como se Ele não estivesse presente naquela cerimônia (Culto? Celebração? Adoração? Ministração? A quem ?). Muitos dançam como se seu corpo, ou movimento, fossem o principal alvo da atenção, valor, atração, sedução. Não para os cristãos! Quem está em Cristo é nova criatura, tem a mente de Cristo, vive a realidade do sobrenatural revelado na cruz, na ressurreição. A maior forma de expressão corporal que mudou o mundo e rompeu paradigmas falsos, pecados, e culpas, foi a crucificação! O homem-Deus manifestando no Seu corpo glória e destruição, morte e ressurreição, sofrimento e esperança! O véu rasgado por nós, como fala no livro de Hebreus, o acesso à intimidade do Pai! "eu os trarei do Norte e os congregarei das extremidades da terra; e entre eles também os cegos e os aleijados, as mulheres grávidas e as de parto (...) Aquele que espalhou Israel o congregará e guardará, como pastor, ao seu rebanho" Deus tem um propósito para todos: não só os ricos e famosos. A todos Ele ajuntará e guardará - não só os que viajam em grandes turnês, que tem grandes companhias de dança, mas sim aos que o adoram em casa, no santuário, nas praças, em todo lugar! "hão de vir e exultar na altura de Sião, radiantes de alegria por causa dos bens do Senhor, do cereal, do vinho, do azeite, dos cordeiros e dos bezerros; a sua alma será como um jardim regado e nunca mais desfalecerão" v.12 - Deus dá o pão (cereal), o vinho (seu sangue) - a comunhão da sua mesa, o seu Espírito (azeite), o Cordeiro ( Jesus ) e os bezerros ( Sua força e esperança ). Aqueles que dançam diante dEle serão como jardim regado - nunca faltará a água da vida neles! "...então a virgem na dança alegrará ..." - Havendo esta obra na vida dos que são dEle, há promessa que os que dançam se alegrarão, envolverão jovens e velhos ( não há idade para dançar para Deus)! Serão consolados, receberão óleo da alegria ao invés de espírito angustiado ( Is.61 ), trarão mudança em seus passos e movimentos de corpo, alma e espírito a Deus!
Publicado em 31 Jul 2007 por Webmaste

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Restaurando a Dança

Tenho visto muitos irmãos que Deus tem chamado para dança, mais ao mesmo tempo vejo na igreja do Senhor, um grande receio em relação à dança, uns acham que a dança é um passo para o mundo, outros que gera sensualidade, outros ainda dizem que não há base bíblica para tal ministério, por isso resolvi estudar mais para que juntos possamos esclarecer dúvidas sobre esse assunto tão polêmico ainda na igreja.

Um pouco de história.

Como a dança era geralmente ligada á adoração pagã, então os cristãos foram ensinados a evitar todo tipo de dança.

Dois fatores afetaram o uso da dança na igreja:
1.Destruição do templo em 70 D.C
Os cristãos se reunião em suas casas, e o espaço para celebrar com danças se tornou um problema prático.

2.Espiritualização

O grande número de gentios se convertendo trouxe consigo diferenças cruciais em expressões e identidades culturais.Seguindo professores como Origem, Justim Martyr, John Chrystsoston o famoso teólogo Augustine, a teologia da igreja mudou para refletir a cultura Helênica de seus líderes.Tanto Justyn Martyr ( 100-165 d.C.) como Hippolytus ( 200d. C.) descrevem a dança como uma simples dança de roda, conduzindo os participantes em uma alegre celebração.Os antigos pais da igreja concordavam que a dança sagrada permitia que se experimentasse o amor de Deus.

3.A igreja Medieval (400-1400 d.c)

A dança era usada em dias diferentes de festa, No dia de Sto. Estevão, Dia de São João, no dia dos Santos Inocentes...Havia uma dança na igreja medieval chamada Trypudium, eram três passos para frente e um para trás, simbolizava a vida Cristã, toda vez que damos alguns passos para frente, nós damos um passo para trás.A dança foi incorporada ao culto na igreja, e não houve período alguns que a dança não foi associada á prática do Catolicismo.

4.A Reforma
O período da reforma começou em 1525, e trouxe a quase completa morte da dança na igreja protestante.Nessa época o Balé Clássico se tornava proeminente, a arte pintava as paredes das catedrais.Mas a postura da igreja em relação às artes sofreu na mão de alguns reformistas.

§ Martinho Lutero (1483-1546) Era extremamente contra a dança sagrada. Durante o Conselho de Trento levou a supressão total de qualquer dança até o final do século 18.
§Protestantismo: Visão crítica das artes, a filosofia na época dizia que a mente tinha prioridade sobre o corpo.Enfatizava-se o racional ao invés do experimento, a dança era considerada inapropriada por ser muito subjetiva.

5. A dança na América
O Sharkers:No final do século 18 a dança era escassa nas igrejas, então um grupo de puritanos, chamados sharkes, vindos da Inglaterra, veio a América. Eles projetavam danças complexas, onde homens e mulheres se moviam separadamente, eles sacudiam suas mãos para um lado representando receber o Espírito Santo e para outro representando jogar o pecado fora.

Os monges Beneditinos: O Irmão Leo em Vermont descobriu o valor da dança na adoração, depois de passar um tempo na Abadia de Dorminition em Jerusalém. Ele estabeleceu a dança em sua comunidade.

"Sempre que a igreja Cristã se livrou de suas atitudes antijudaicas e restaurou a apreciação pela experiência, ao invés de uma mera fé racional, foi capaz de redescobrir a dança como forma de adoração".

É difícil apontar o renascimento da dança na igreja, mas nos anos 40, dançarinos começaram a usar seus dons para explorar o uso da dança na adoração.

"Esses dançarinos juntaram a sua busca espiritual com seu treinamento disciplinado na dança e surgiu uma forma de arte nova-antiga. Esses pioneiros introduziram a dança na adoração e encorajaram as congregações a usarem a dança".


6. Dança Messiânica
Desde 1968, quando o movimento Messiânico floresceu...Fazem parte dele congregações por todo o mundo, incluindo 150 congregações sôo nos Estados Unidos.Esse movimento se identificou com as promessas bíblicas a Israel, e com os Israelitas modernos cuja cultura é inclinada para a dança.

As danças judaicas são a expressão de sua cultura e crença religiosa.
Para os judeus a dança sempre foi uma oração acompanhada por música, cânticos ou bater de tambores.Para o movimento messiânico, avivamento envolve o uso da dança sagrada sendo restaurado à sua apropriada prática bíblica.

Restauração
Jesus nos fala no evangelho de João que Deus busca os verdadeiros adoradores, e podemos ver em várias gerações da igreja pessoas que sempre estiveram dispostas a render os movimentos do seu corpo em adoração ao Senhor.

Renne, uma amiga minha, diz em seu livro que Deus não busca a restauração da dança, mas a dança dos restaurados, é uma frase forte, mas que nos traz uma grande verdade, só pessoas realmente restauradas pelo Senhor podem ser usadas para a restauração dessa e de outros tipos de arte, se o seu coração queima por ver as artes sendo restauradas por Deus, entenda Deus vai começar primeiro em você, em seu coração, não podemos restaurar nada se nós mesmo ainda não fomos restaurados por Deus.
A restauração traz vida e poder de volta a algo que estava perdido.

Autor: Gisela M. Kohl Matos

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A ORIGEM DO SAPATEADO

O sapateado se originou da fusão cultural entre irlandeses e africanos. Sua primeira manifestação aconteceu na Irlanda, no início da Revolução Industrial. Nos pequenos centros urbanos, operários costumavam usar tamancos (Clogs) para isolar a intensa umidade que subia do solo e, como forma de diversão, reuniam-se nas ruas, tanto homens como mulheres, para uma animada competição, onde o vencedor seria aquele que conseguisse produzir os sons e ritmos mais variados com o bater das solas no chão de pedra. Esta diversão passou a ser popularmente conhecida como " Lancashire Clog ".

Por volta de 1800, os tamancos foram substituídos por calçados de couro (Jigs) por serem mais flexíveis e moedas foram adaptadas ao salto e à biqueira para que o " sapato musical " soasse mais puro. Com o tempo, as moedas foram trocadas por plaquinhas de metal: os "taps".

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Louvai-o com o tamborim e a dança..."Sl 150:4

Este Salmos deixa bem explícito que devemos celebrar a Deus com todo nosso ser quer seja no espírito ou mesmo com técnica.
Não o que discutir tudo foi feito por ELE e para ELE são todas as coisas.

Devemos saber o que estamos dançando, pois a maneira que nos expressamos revela nosso caráter interior.

Hoje infelizmente em muitas igrejas evangélicas, pessoas estão dançando não para celebrar a Deus e sim a "si mesmas", gostam de se aparecer e mostrar como dançam bem.

A verdadeira expressão do louvor e da adoração através da dança é aquela cujo coração está voltado inteiramente ao seu Criador, cada passo, cada movimento, cada expressão reflete a vida, a caminhada e a dedicação que esta pessoa tem com Deus.

Muitos dos que estão envolvidos com este ministério de dança nas igrejas tem levado diante de Deus "fogo estranho" ou seja apenas está ali por estar, não tem seu coração voltado a Deus, apenas quer dançar por que é bonito e faz bem ou até para se aperecer.

Querendo ou não a dança chama bastante a atenção das pessoas.

Usada de maneira correta pode atrair vidas até aos pés de Yeshua.

Gosto muito de danças, principalmente as danças judaicas, mas devemos saber o que estamos fazendo, se estamos dançando para Deus ou para homens.

Muitos tem procurado alguma maneira de aperfeiçoar alguns passos de danças judaicas e até mesmo ballet para se expressarem a Deus.

A dança no espírito é um outra forma na qual nos expressamos a Deus. Quando o Espírito de Deus vem e nos enche de alegria, paz, unção e o poder de Deus a partir daí todo nosso ser exulta diante do Todo-Poderoso.


Mas nem sempre estamos dançando no espírito. Muitos pensam que estão dançando no espírito e apenas estão se deixando controlar por suas emoções ou seja sua alma e fazem isto para também se aparecer, chamar a atenção.

Vamos tomar muito cuidado no que diz respeito as danças no Espírito.
Em muitas igrejas pessoas tem-se achegado a Deus pelos simples fato de terem assistido a uma dança.

Quer seja a dança no espírito ou com técnicas, tudo deve refletir a Glória de Deus em nossa vida e em cada movimento que executamos.

Bom por enquanto é só isto.

Deus abençoe a todos.
Baruch HASHEM!!!

sábado, 3 de novembro de 2007

Dança na Igreja: A adoração é o princípio de tudo





Podemos vislumbrar, nos dias de hoje, o Espírito Santo de Deus despertando a Igreja a uma entrega total ao senhorio de Jesus e ao mesmo tempo, fazendo brotar um desejo mais profundo de experimentar o próprio Deus.

São multidões em busca da salvação e os crentes sendo restaurados, vivendo uma nova vida em Cristo.

Um dos instrumentos desse avivamento é exatamente o louvor e a adoração e, assim, como a musica e o canto, a dança vem expressar a sede do coração do ser humano por mais de Deus. Nesse processo de busca por intimidade com o Pai, seu coração nos é revelado em canções e gestos que nos envolvem em Seu amor, cada vez que nos colocamos diante dEle em adoração.

Em se tratando de evangelismo o primeiro sentimento e a primeira motivação, é exatamente a adoração, o estar apaixonado por Jesus. Desse sentimento é então gerado uma necessidade de declarar ao mundo esse amor e anunciar as boas novas àqueles que ainda não conhecem a Jesus.

Como bem sabemos, a adoração não é um ato separado do corpo de uma pessoa. Ainda que a vontade, a razão, a mente e o emocional de alguém possam ser considerados separadamente, estas são expressões que designam o ser humano por inteiro. Não somos incumbidos de amar a Deus por partes específicas de nossa personalidade, mas com todo o nosso ser. E nesse contexto o critério é o mesmo para a dança, seja no louvor, na adoração, no evangelismo ou em qualquer circunstância que envolva o nome de Jesus.

Além disso, gostaria de reiterar que a dança no louvor, na adoração ou no evangelismo não é uma prática corporal por ela mesma, muito menos uma exibição artística ou um enfeite na liturgia ou nos impactos evangelísticos. Nela, a essência de total entrega do adorador se manifesta por uma espontaneidade responsiva, trazendo toda a congregação ou no caso do evangelismo o público, para momentos de júbilo, edificação, salvação, libertação, cura e restauração na presença de Deus. Louvamos a Deus com danças por causa da Sua santidade, da criação e da redenção do ser humano.

Nessas circunstâncias, a dança expressa e intensifica o desfrutamento da presença de Deus e seu relacionamento conosco numa celebração a Ele e com Ele. Não queremos ser bailarinas, bailarinos ou interpretes, mas adoradores; não realizamos apresentações, mas ministramos o louvor a Deus, o adoramos ou proclamamos sua Palavra, e em vez de palco para nós existe o púlpito, lugar de santidade e autoridade onde a Palavra é anunciada, no nosso caso, com a linguagem da dança.

Nesse contexto, entendendo a dança como linguagem, seu processo criativo é uma possibilidade de arte inscrita no corpo, traduzida em metáforas do pensamento e realidade desse mesmo corpo. Realidade, pois é neste corpo que a dança se estrutura, se molda, conforma, transforma e disciplina quando ele se faz presente.

Portanto, um corpo, ao dançar, desenha no tempo e no espaço com seus gestos. São movimentos orquestrados pelo sensível e pelo inteligível do ser em deslocamento e pelas impulsões do movimento, gerando formas e (re)formas, em constantes transformações, tornando a dança uma realidade visível e dinâmica. A exemplo dos pintores, que usam as cores e as linhas para dar forma no plano pictórico, ou dos poetas, que se utilizam palavras para construir seus poemas, o bailarino e o coreógrafo utilizam-se dos gestos corporais para dar forma à dança.

Assim, o gesto corporal dançante, parte da experiência humana, vem dialogando e participando da arquitetura da cultura corporal e do viver humano num espaço e num tempo histórico transitando de certa maneira entre as inúmeras oportunidades de movimentos, construindo, no contexto da Igreja, uma dança contemporânea santificada pelo vaso de honra que somos nós no louvor, na adoração e também no evangelismo.

Nesse caso, a dança não é um fim em si mesma. É um corpo transfigurando-se em formas que podem ter vários sentidos: fazer e operar; conceber e imaginar; construir e constituir; fundar, criar e preparar com o objetivo de primeiro adorar a Deus e depois, sob a orientação do Espírito Santo e em nome de Jesus, alcançar o coração dos homens através da salvação, da cura, da libertação, edificação e restauração de suas vidas.

O Senhor tem nos direcionado em inúmeras ações em sua Igreja com uma visão muito clara sobre a dança e seu significado. Nesse sentido, tenho compartilhado nossas experiências através de artigos, estudos bíblicos e seminários anuais no intuito de divulgar a visão sobre a dança como uma linguagem possível para a Igreja seja no louvor, no evangelismo ou nas inúmeras possibilidades de ação ministerial cristã.

A propósito, nosso próximo seminário será de 7 a 10 de setembro de 2006. Você não pode ficar de fora! Informações no www.isabelcoimbra.com.br ou seminariodedanca@isabelcoimbra.com.br Contato:
031 3427-9594

Isabel Coimbra

Líder do Mudança Cia de Dança a Artes Cênicas e integrante do Ministério de Louvor Diante do Trono da IBL/BH


Podemos vislumbrar, nos dias de hoje, o Espírito Santo de Deus despertando a Igreja a uma entrega total ao senhorio de Jesus e ao mesmo tempo, fazendo brotar um desejo mais profundo de experimentar o próprio Deus.

São multidões em busca da salvação e os crentes sendo restaurados, vivendo uma nova vida em Cristo.

Um dos instrumentos desse avivamento é exatamente o louvor e a adoração e, assim, como a musica e o canto, a dança vem expressar a sede do coração do ser humano por mais de Deus. Nesse processo de busca por intimidade com o Pai, seu coração nos é revelado em canções e gestos que nos envolvem em Seu amor, cada vez que nos colocamos diante dEle em adoração.

Em se tratando de evangelismo o primeiro sentimento e a primeira motivação, é exatamente a adoração, o estar apaixonado por Jesus. Desse sentimento é então gerado uma necessidade de declarar ao mundo esse amor e anunciar as boas novas àqueles que ainda não conhecem a Jesus.

Como bem sabemos, a adoração não é um ato separado do corpo de uma pessoa. Ainda que a vontade, a razão, a mente e o emocional de alguém possam ser considerados separadamente, estas são expressões que designam o ser humano por inteiro. Não somos incumbidos de amar a Deus por partes específicas de nossa personalidade, mas com todo o nosso ser. E nesse contexto o critério é o mesmo para a dança, seja no louvor, na adoração, no evangelismo ou em qualquer circunstância que envolva o nome de Jesus.

Além disso, gostaria de reiterar que a dança no louvor, na adoração ou no evangelismo não é uma prática corporal por ela mesma, muito menos uma exibição artística ou um enfeite na liturgia ou nos impactos evangelísticos. Nela, a essência de total entrega do adorador se manifesta por uma espontaneidade responsiva, trazendo toda a congregação ou no caso do evangelismo o público, para momentos de júbilo, edificação, salvação, libertação, cura e restauração na presença de Deus. Louvamos a Deus com danças por causa da Sua santidade, da criação e da redenção do ser humano.

Nessas circunstâncias, a dança expressa e intensifica o desfrutamento da presença de Deus e seu relacionamento conosco numa celebração a Ele e com Ele. Não queremos ser bailarinas, bailarinos ou interpretes, mas adoradores; não realizamos apresentações, mas ministramos o louvor a Deus, o adoramos ou proclamamos sua Palavra, e em vez de palco para nós existe o púlpito, lugar de santidade e autoridade onde a Palavra é anunciada, no nosso caso, com a linguagem da dança.

Nesse contexto, entendendo a dança como linguagem, seu processo criativo é uma possibilidade de arte inscrita no corpo, traduzida em metáforas do pensamento e realidade desse mesmo corpo. Realidade, pois é neste corpo que a dança se estrutura, se molda, conforma, transforma e disciplina quando ele se faz presente.

Portanto, um corpo, ao dançar, desenha no tempo e no espaço com seus gestos. São movimentos orquestrados pelo sensível e pelo inteligível do ser em deslocamento e pelas impulsões do movimento, gerando formas e (re)formas, em constantes transformações, tornando a dança uma realidade visível e dinâmica. A exemplo dos pintores, que usam as cores e as linhas para dar forma no plano pictórico, ou dos poetas, que se utilizam palavras para construir seus poemas, o bailarino e o coreógrafo utilizam-se dos gestos corporais para dar forma à dança.

Assim, o gesto corporal dançante, parte da experiência humana, vem dialogando e participando da arquitetura da cultura corporal e do viver humano num espaço e num tempo histórico transitando de certa maneira entre as inúmeras oportunidades de movimentos, construindo, no contexto da Igreja, uma dança contemporânea santificada pelo vaso de honra que somos nós no louvor, na adoração e também no evangelismo.

Nesse caso, a dança não é um fim em si mesma. É um corpo transfigurando-se em formas que podem ter vários sentidos: fazer e operar; conceber e imaginar; construir e constituir; fundar, criar e preparar com o objetivo de primeiro adorar a Deus e depois, sob a orientação do Espírito Santo e em nome de Jesus, alcançar o coração dos homens através da salvação, da cura, da libertação, edificação e restauração de suas vidas.

O Senhor tem nos direcionado em inúmeras ações em sua Igreja com uma visão muito clara sobre a dança e seu significado. Nesse sentido, tenho compartilhado nossas experiências através de artigos, estudos bíblicos e seminários anuais no intuito de divulgar a visão sobre a dança como uma linguagem possível para a Igreja seja no louvor, no evangelismo ou nas inúmeras possibilidades de ação ministerial cristã.

A propósito, nosso próximo seminário será de 7 a 10 de setembro de 2006. Você não pode ficar de fora! Informações no www.isabelcoimbra.com.br ou seminariodedanca@isabelcoimbra.com.br Contato:
031 3427-9594

Isabel Coimbra

Líder do Mudança Cia de Dança a Artes Cênicas e integrante do Ministério de Louvor Diante do Trono da IBL/BH

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ADORACÃO EM MOVIMENTO

Especialista em dança, a professora Isabel Diniz fala do valor da expressão corporal no louvor a Deus.

H. GUTHER FAGGION
Revista Eclésia - edição 99

De uns anos para cá, um novo elemento litúrgico tem sido introduzido, com bastante aceitação, nos cultos e celebrações evangélicas - a dança. A expressão corporal, nas suas múltiplas formas e estilos, está deixando de ser instrumento usado apenas para evangelização - como naquelas tradicionais pantomimas encenadas por ministérios tipo Jocum - para ganhar força como forma de louvor e adoração congregacional. A tendência, diga-se, não surgiu por acaso. Ela explodiu a partir do sucesso do Ministério de Louvor Diante do Trono, grupo ligado à Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG). É lá que funciona o Mudança - Companhia de Dança e Artes Cênicas, que acompanha o grupo musical executando elaboradas coreografias durante as programações.

À frente do ministério de dança daquela igreja desde 1996, a professora Isabel Cristina Vieira Diniz é uma especialista no assunto. Formada em balé clássico, mestre em educação física e coordenadora dos cursos de artes cênicas e dança experimental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ela levou para os púlpitos uma arte que, durante muito tempo, foi considerada profana pelos evangélicos. Isabel fala com conhecimento de causa: "Os crentes sempre tiveram muito preconceito contra a dança, associando-a à carnalidade", diz. Ela mesma, quando se converteu ao Evangelho há 19 anos, pensou em abandonar a arte, embora fosse profissional.

"Toda minha referência de dança não condizia com a nova vida que eu tinha", lembra.

"Mas Deus começou a falar comigo e resgatou a dança na minha vida."

Desde então, Isabel vem se dedicando de corpo e alma - literalmente - ao que considera um ministério pessoal. O trabalho junto ao Diante do Trono mostrou-lhe que a dança, mais do que expressão pessoal de louvor, pode ser utilizada para promover edificação, crescimento espiritual e até cura divina. "Tenho tido experiências maravilhosas, presenciando a restauração de muitas vidas através deste trabalho." No livro Louvai a Deus com danças (Diante do Trono Publicações), em segunda edição, a artista procura demolir preconceitos e enfatiza o valor da expressão corporal no culto a Deus.

Casada com Eustáquio Diniz e mãe de três filhas - a família a acompanha no trabalho religioso -, Isabel está envolvida com diversos projetos artísticos voltados para o público evangélico. Um deles é o 4° Seminário Nacional de Dança no Louvor e na Adoração, programado para setembro em Belo Horizonte. "Sinto que há um enorme mover de Deus nesta área", entusiasma-se. Da capital mineira, onde vive e trabalha, a professora atendeu a reportagem de ECLÉSIA:

ECLÉSIA - Até que ponto a popularidade do ministério Diante do Trono contribuiu para a expansão da dança no meio evangélico?

ISABEL - Creio que o fato de Deus ter levantado e honrado o Diante do Trono com visibilidade e credibilidade nacional fortaleceu o que já vinha sendo feito através de muitos grupos. Está se consolidando um trabalho santo, de qualidade e comprometido com o Reino de Deus. Na verdade, já havia um mover de Deus na área da dança no Brasil. Hoje, a dança tem sido vista de outra maneira pela Igreja contemporânea, reduzindo sua desconfiança em relação a ela. Isso tem sido um referencial nas diversas áreas nas igrejas e na vida de muitos cristãos.


Justamente devido a esta popularidade, não existe o perigo de se disseminar um modismo?

É preciso enfatizar que a dança, na igreja, não pode ser uma moda. Há cuidados a serem tomados. Muitos têm trazido a dança do mundo para a igreja, o que cristaliza os preconceitos de carnalidade.


Qual é a ligação da dança com a carnalidade?

Nossa cultura ocidental é contaminada por valores e conceitos distorcidos sobre o corpo humano. Historicamente, o corpo, desde a Antigüidade grega clássica, é estigmatizado como prisão da alma. Essa visão é agravada com a idéia de corpo-pecado, pregada por teólogos da Idade Média. Ora, a matéria-prima da dança é o movimento, que por sua vez acontece em um corpo. Se meu conceito sobre o corpo humano é carregado da visão de pecado, com certeza tudo que for relacionado a esse corpo também estará impregnado pelos mesmos conceitos. Para complicar, a dança, no Brasil, sempre foi associada à sensualidade, sedução e vulgaridade.


Tais conceitos não prejudicam o uso da dança para fins espirituais?

Não. Acontece que nós vivemos uma realidade cultural muito complexa que, na maioria das vezes, é governada por preconceitos seculares inculcados diabolicamente, mascarando e distorcendo a verdade da Palavra e do que Deus planejou para nós. Isso afeta não só o ministério de dança, mas todo estilo de vida da Igreja contemporânea. Por outro lado, creio que vivemos um tempo profético em que Deus está resgatando o que é dele. Não a dança em si, mas o templo do Espírito Santo, que somos nós, com uma visão restaurada de corpo, de humanidade e de adoração, sem preconceitos mundanos. Os conceitos de Deus estão sendo reinstalados na cultura do crente contemporâneo.


O que dizer àquelas pessoas que consideram a dança como "coisa do diabo"?

Possivelmente, o tipo de dança que estas pessoas conhecem é do diabo mesmo. A dança secular tem se prestado a esse papel. Na verdade, o problema não é a dança em si - são as pessoas que dão lugar para que o diabo seja exaltado. Sei o que estou dizendo porque, no passado, eu já dei lugar para esse tipo de dança em minha vida. Eu não conhecia Jesus e, na minha ignorância, participei de manifestações culturais seculares como o carnaval. Também atuei profissionalmente em produções completamente contaminadas por princípios diabólicos.


Como foi que você começou a usar seu trabalho artístico no contexto religioso?

Dois anos depois de minha conversão, Deus me pediu separação, o que fiz em sofrimento porque amava a dança. Pensei que nunca mais voltaria a dançar. Quando me convidaram para trabalhar com o Mudança, achei um disparate: Dança na igreja? Achava que isso não era para mim. Afinal, toda minha referência de dança não condizia com a nova vida que eu tinha. Então, Deus começou a falar comigo e resgatou a dança na minha vida.


Até que ponto as técnicas e a espiritualidade de fundem no seu trabalho?

Particularmente, tenho buscado de Deus a dança que ele tem para mim, através de experimentos corporais em meus devocionais. Reconheço que em minha história motora aprendi muitas técnicas que têm traçado uma identidade cultual de movimentos em meu corpo, mas creio que o Senhor tem uma dança específica para a Igreja, uma "dança do céu", sobrenatural, com valores bíblicos, técnicas corporais próprias acopladas ao estilo do adorador ou do grupo de dança. Para compreendê-la e encontrar o ponto de equilíbrio entre as técnicas corporais é preciso haver discernimento e unção do Espírito Santo, sem os quais nada tem o menor sentido. De mim posso afirmar: eu sou do Senhor, fui restaurada e por isso a minha dança também é restaurada. Ela é de Deus e para Deus.


A dança não pode seguir o caminho da música cristã, que virou um espetáculo, comprometendo seu aspecto ministerial?

No Diante do Trono, temos uma posição muito definida em relação às ministrações: para nós, não existe o show, mas o culto a Deus. O que precisamos entender é que Deus não se emociona com nossa dança, nem com nossa música, muito menos com nossos talentos. Infelizmente, muitos irmãos ou irmãs têm confundido o real significado da dança na igreja. Esquecem-se de que, para nós, não existe palco. A síndrome secular de "artista", de "estrela", ainda paira no ar. Precisamos vigiar nossas motivações o tempo todo - não podemos, por exemplo, perder o foco de Deus. A dança nas igrejas não pode ser objeto de distração, mas de ligação com o Senhor. Em todos os aspectos e em todo o tempo, devemos vigiar nossa vida pessoal com Deus.


Como evitar, por exemplo, que manifestações corporais durante os momentos de louvor musical tirem a atenção das pessoas para o conteúdo das canções?

A dança é uma linguagem visual; o canto e a música são linguagens sonoras. Por isso, considerando a liturgia como uma coleção de formas ritualísticas que visa a adoração pública e o ensino na igreja, creio na possibilidade de uma unidade poderosa de todas essas linguagens na adoração. E, sendo uma linguagem visual, a dança é para ser vista mesmo. É para ser bênção e levar a igreja ao foco de Deus.


Mas nos cultos modernos, particularmente os de linha avivada, é comum os líderes de louvor estimularem o povo a levantar-se, erguer as mão, bater palmas c Isso não gera certo diversionismo no ato de adoração a Deus, que tradicionalmente era associado à contrição?

Acho que ocorre o contrário. Bater palmas, saltar, correr e até pular são manifestações corporais descritas na Bíblia como possibilidades de expressão profética em momentos de júbilo, guerra, celebração e intercessão. Às vezes, o irmão está lá no banco triste, tímido, sonolento ou distraído com outros pensamentos, ou preocupado com o trabalho; então o Espírito Santo orienta o ministro de louvor para movimentar a igreja com gestos ou com danças. Naquele momento, a pessoa pode ser tocada e cativada para a ministração e o mover de Deus.


Muitos trabalhos nesta área são feitos com bases extremamente amadoras e improvisadas, não?

No meu entender, uma das maiores dificuldades da dança nas igrejas está na falta de formação e informação, seja em que estilo for. Há igrejas que desejam iniciar um ministério de dança, mas não têm obreiros capacitados, técnica e didaticamente, para isso. Muitos consideram, por exemplo, que o balé clássico é a base de todas as danças, e isso não é verdade. Por causa deste conceito, muita gente se sente impossibilitada de dançar ou excluída do chamado para o ministério. Ou então realizam meras imitações de movimentos, sem compreenderem de fato as técnicas corporais que sustentam o balé, o que gera como produto uma caricatura da sua forma original. A excelência é muito importante - de um lado, é preciso ter uma vida no altar de Deus; de outro, um trabalho corporal de qualidade. No mundo secular, os artistas trabalham muito antes de se exporem. Na Igreja, não pode ser diferente: também precisamos nos instrumentalizar para oferecer ao Senhor o nosso melhor.


Entre os evangélicos, o uso da dança sempre esteve restrito ao evangelismo, especialmente de rua. Em que momento se deu a sua transposição para os púlpitos das igrejas?

Mas o púlpito não está restrito a espaços físicos e o evangelismo não se separa da adoração. Ambos estão intimamente relacionados ao amor que sentimos por Deus. As metas e as ações podem ser diferentes, mas a origem é a mesma - é o amor que se inicia no Senhor Jesus e se estende pelas vidas. Falamos de um estilo de vida cristão que pode se manifestar em qualquer lugar.


O fato de a dança ser algo estritamente visual, estético, não acaba gerando certo conflito na maioria dos evangélicos que são continuamente estimulados a se voltar para valores internos, da alma e do espírito?

Pois é, aqui vemos mais uma vez a cultura secular ocidental gritando dentro da Igreja. Mas precisamos analisar por duas perspectivas: a de quem ministra com a dança e a de quem é ministrado pela dança. Existe uma unidade existencial. Quando dançamos, estamos ali por inteiro - corpo, alma espírito -, mas o que é visível são os movimentos articulados de braços, pernas e cabeça. Mas os movimentos só acontecem porque são sustentados por ossos e músculos, os quais não se podem ver. Da mesma forma, não se pode ver o espírito nem a alma do dançarino - mas ambos estão lá, participantes da totalidade do existir humano. Não há como separá-los.


O que é ser "ministrado pela dança"?

O sujeito está ali também em sua totalidade, recebendo uma informação que passa pelo sentido da visão, mas cujo efeito é concreto na energia vital de sua existência. Nesse processo do receber de Deus, é possível uma separação entre o corpo biológico, as capacidades intelectuais, as emoções e o discernimento no Espírito? Não. Deus não nos salvou por partes - primeiro o espírito, depois as emoções e por último o feixe de músculos com sua caixa de ossos. Exatamente porque a dança trabalha com as sensações estéticas é que ela se materializa por meio da relação dialética entre objetividade e subjetividade, entre forma e conteúdo. Aqui se instaura um complexo sistema de relações em que o Espírito Santo age também por inteiro em nossas vidas. A dança é uma maneira ímpar de discipular, quebrar barreiras socio-culturais e ensinar a Palavra. Ela gera cura da alma e de frustrações. Além disso, é um exercício físico que faz muito bem para a saúde qualquer um.


Que exemplos bíblicos você pode citar legitimando a dança como forma de louvor e adoração?

A dança desempenhou um papel importante na cultura hebréia. Ela era sempre era associada com a música e freqüentemente empregada em ocasiões de regozijo, como na passagem de Êxodo 15. Em I Samuel 18.6-7, vemos as mulheres do povo dançando e cantando após uma vitória militar de Davi sobre os filisteus. Mais adiante, em II Samuel 6, o próprio Davi dançou diante de Deus quando levava a arca da aliança para Jerusalém. No Novo Testamento, ainda na mesma perspectiva, há a citação da festa em celebração à volta do filho pródigo, narrada em Lucas 15.25. Alguns eruditos acreditam que inclusive na festa dos Tabernáculos as danças estavam presentes, diante da referências existentes nos salmos. Há, também, um texto de que gosto muito em Cantares de Salomão 6.13, que descreve um lindo diálogo entre o noivo e a noiva, em que ele diz: "Que formosos são teus passos dados de sandálias, ó filha do príncipe." Há outros textos, como em Jeremias 31.13, onde vislumbramos mais uma profecia sobre a dança: "Então, a virgem se alegrará na dança, e também os jovens e os velhos; tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza."


Por que a dança evangélica contempla predominantemente estilos de músicas clássicas, em detrimento de ritmos mais brasileiros, como por exemplo o samba?

A música, na Igreja Evangélica brasileira, sofreu muita influência trazida por missionários americanos com seus hinários. Depois, outra influência significativa é a da música produzida e importada dos grandes institutos de formação para ministros de louvor e adoração, como o americano Christ for the Nations e o autraliano Shouth the Lord. Pessoalmente, gosto muito de trabalhar todos os ritmos, porque para mim quem os criou foi Deus. Claro que existe um temor compreensível das lideranças em relação ao uso de certos ritmos brasileiros na igreja, devido à sua associação com práticas corporais sensuais ou manifestações religiosas pagãs. Mas creio que muita coisa já está mudando, porque Deus está trazendo à realidade os seus projetos de restauração e retomando tudo o que é dele.


Na sua opinião, qual é o estilo que mais agrada a Deus?

Aprendi que Deus está acima da cultura, da arte, da ciência e de tudo o mais. O que importa mesmo é estar no centro da sua vontade em tudo o que fazemos. Penso que Deus não está preocupado com o estilo de dança que adotamos. O que devemos é buscar fazer o melhor, e esse melhor demanda santidade, compromisso, estudo, trabalho e dedicação. O tremendo é que Deus nos dá o livre arbítrio para escolher o estilo com o qual nos identificamos -(seja uma dança mais livre, seja o balé clássico, a dança moderna, o stret dance, o fiank, a dança hebraica, o country e tantos outros estilos. Há uma variedade de estilos e ritmos que podem ser usados na direção do Espírito Santo com ótimos resultados. Mas é preciso não perder de vista a direção de Deus e o significado da dança na Igreja

Transcrição de texto retirado do site jesussite.com.br

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Dança - Atitude de Louvor

Nos dias de hoje temos muitos conceitos sobre dança, sendo em sua maioria o de que ela induz a expressões carnais, o que não é verdade quando há uma atitude pura, feita no espírito diante do Senhor.

A dança é o reflexo de sentimentos contidos em nosso ser e acontece em várias ocasiões:

Quando Davi foi ungido por Samuel (I Sam 16:13), o Espírito do Senhor se apossou dele e desde aquele dia foi cheio do Espírito.

Em II Samuel 6: 12 - 16, Davi extravasa toda sua alegria dançando diante do Senhor por estar transportando a Arca para Jerusalém, que representava a presença de Deus no meio deles.

"Então disseram a Davi: O Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo o que tem, por causa da arca de Deus. Assim foi Davi, com alegria. Quando os que levavam a arca do Senhor tinham dado seis passos ele sacrificava bois e carneiros cevados. Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor, e estava Davi cingido de uma estola sacerdotal de linho. Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas.

Quando a arca do Senhor entrava na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela. E vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do Senhor, o desprezou no seu coração".

Vemos aqui o exemplo de um homem segundo o coração de Deus, cheio do poder e do Espírito, expressando toda sua alegria dançando na presença do Senhor.

Em Êxodo 15:20 e 21, vemos Miriã, uma profetisa com muitas mulheres saírem com tamborins e com danças cantando ao Senhor pela vitória de Israel, pelo povo que saíra ileso do Egito, terra onde eram escravos.

Miriã, a profetisa (os profetas eram pessoas cheias do Espírito de Deus) dançou pela vitória do seu povo.

"Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, pois sumamente se exaltou, lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro".

As mulheres hebraicas exprimiam por meio da dança os seus sentimentos; quando seus maridos ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo do combate pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu encontro com danças de triunfo.

Nos nossos dias não deve ser diferente. Podemos e devemos também ser cheios do Espírito Santo de Deus e dançar diante d'Ele, extravasando a nossa alegria, saltando, dançando diante do Senhor pela vitória de Jesus na cruz derrotando todo principado, potestade e dominadores deste século que eram contra nós ( Col. 2:15), nos libertando do mundo e nos transportando para um reino de luz, purificando nossa consciência pelo sangue do Cordeiro e nos dando a esperança da vida eterna.

As danças não param por aí. Em I Samuel 18:6 e 7, temos outro exemplo:

"Quando os soldados retornavam para casa, depois de Davi ter ferido o filisteu, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando alegremente, com tambores e com instrumentos de música. As mulheres, dançando, cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares".

Jesus citou em uma parábola a dança como louvor e ações de graças por um filho que se havia perdido e foi achado (Lucas 15:25 - parábola do filho pródigo).

Existe uma razão específica do povo de Deus em dançar: a de que Ele se alegra com isto. Deus se alegra de que seus filhos dancem na sua presença, pois Ele próprio promete restaurar as danças de seu povo:

"Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo... o povo que escapou da espada achou graça no deserto... com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí... ainda te edificarei e serás edificada, ó virgem de Israel. Ainda serás adornada com os teus adufes, e sairás com coro de dança, e também os jovens e os velhos, e tornareis o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza". (Jeremias 31: 1-4, 13)

Se você nunca expressou-se a Deus dançando, eu o convidaria a fazê-lo conforme as escrituras nos convidam:

Salmo 149:3 - "Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe o seu louvor com tamborim e com harpa".

Certamente quando você o adorar com sua dança, o próprio Deus te encherá com alegria, com cânticos, com toda sorte de bênçãos e te mostrará a vitória.

Experimente dançar na presença de Deus!

Dança na Bíblia

A Dança é Bíblica? Qual o Significado da dança na Bíblia? Vamos analisar neste texto onde e para que a dança era usada nos tempos bíblicos.
Vemos a dança presente na Bíblia, como sinal de gratidão a Deus, como no caso de Miriã, dançando com as mulheres de Israel em gratidão ao Senhor pelo livramento que lhes foi dado.

Exodo 15:20 Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou na mão um tamboril, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris, e com danças.21 E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro.

Miriã estava tão alegre com Deus, pelo livramento que foi dado ao povo, que dançava alegremente e ela contagiou as outras mulheres com a sua gratidão a Deus.A nossa gratidão é contagiante. Se estivermos dançando a Deus em forma de Gratidão, vamos contagiar quem está a nossa volta.A Bíblia não fala que Miriã pegou o tamboril e chamou as outras mulheres, pelo contrário, diz que as mulheres saíram atras dela.A verdadeira Adoração, contagia quem está por perto.

Temos também a situação onde Davi louva ao Senhor com todas as suas forças.


II Samuel 614 E Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor; e estava Davi cingido dum éfode de linho.15 Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas.16 Quando entrava a arca do Senhor na cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi saltando e dançando diante do senhor, o desprezou no seu coração.
Davi estava comemorando a volta da Arca da Aliança (a presença de Deus) para a cidade de Davi.

A Bíblia fala, que “dançava com todas a s suas forças”, ou seja, ele estava dando o seu melhor ao Senhor, era um momento de adoração plena ao Pai. Vemos também, que o povo acompanhava Davi na adoração ao Senhor.

“...Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas”
Porém, vemos uma pessoa que, condenou Davi, pela sua atitude. “...Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi saltando e dançando diante do senhor, o desprezou no seu coração”

Vem então a pergunta, por que, Mical condenou a atitude de Davi?

Será que realmente ele estava ultrapassando os limites, já que era um rei, deveria se portar como tal?

Mas, olhando por outro lado, por que Mical havia ficado em casa? Porque não se juntou ao povo para buscar a Arca de Deus?
Ela estava de fora da festa de Adoração ao Senhor.

Quando alguém fica de fora, ou seja, não acompanha a adoração, esta pessoa pode ser usada pelo inimigo, para atrapalhar quem está adorando. Com críticas e questionamento sem fundamento.

Dançar para Deus, é Forma de Gratidão, Adoração. Quando estamos dançando, estamos dando ao Senhor uma adoração com tudo o que temos e com tudo o que somos.

Não importa onde dançamos, no quarto, na igreja, em um seminário, em um momento de devocional.

Se esta dança é para o Senhor, e exclusivamente pra Ele, ele está recebendo nossa adoração.
Cada pesoa, recebeu um talendo específico para que pudesse adorar ao Senhor. Uns cantam, outros evangelizam, outros pregam, outros fazem teatros. Então, porque não dançar?

As pessoas no mundo, dançam para o diabo, dançam para alimentar a carne, por puro prazer.
Será que Deus merece menos que o Diabo?
Se as pessoas podem dançar para o diabo, porque nós, que servimos aquele que é maior queo diabo, não podemos dançar para adorar nosso Senhor?

Deus tem buscado filhos, apaixonados, desesperados, e que façam de tudo para chamar sua atenção.
È por isso que hoje, em muitas igrejas, noivas apaixonadas danças em louvor e adoração ao Senhor Jesus.
E tempo da igreja ultrapassar as barreiras da religiosidade e se expressar em adoração apaixonada ao Senhor.....

Fonte: Cristiane T. Menezes